quinta-feira, 2 de junho de 2011

Porto Alegre, 22 de Novembro de 2005

Revirando as dezenas de arquivos que tenho no computador, encontrei um texto salvo em março de 2009. Não lembrava mais. Foi então que lentamente comecei a ler, palavra por palavra.
Não achei palavras para descrevê-lo, e nem me ousei em procurar.

“No dia de ontem, minha irmã Marina, completou 10 anos. Linda, cheia de vida, educada e sempre feliz. Piegas, mas parece que foi ontem que recebi de meu pai a notícia de que teria a minha primeira irmã. Ele, sentado em seu local de trabalho, fez um comentário repleto de felicidade: “Meu filho, tu vai ter uma irmã”. Notícia fresca para um cérebro de 13 anos, repleto de sonhos. Sinto até hoje por não retribuir toda a felicidade que naquele momento, meu pai me proporcionou.
Logo depois, veio a Renata. Sapeca, arteira e amante da Coca-Cola, como o irmão.
Se alguém conseguir imaginar o que é estar perto das duas, abraça-las e receber todo o carinho possível, entenderá o que quero dizer aqui.
Eu digo que sinto muito.
Nasci no dia 12 de Abril de 1982, em Camaquã/RS. Vivi lá até os 5 anos, quando divorciados, meus pais deixaram o passado para trás e recomeçaram em Pelotas/RS.
Lá, vivi dos 5 aos 15 anos. Presenciei todas as experiências da juventude de um modo muito intenso. Tinha amigos e meus pais.
Em 1998, fui embora, deixando meu pai e minhas irmãs para trás. Fui tocar minha vida. Passei por Curitiba, e então, Porto Alegre: Um sonho que parecia muito distante. Em Porto Alegre, comecei a corrida atrás do maior sonho. Envolvi-me em amores, e me perdi no maior. Muggy.
Nas andanças por Porto Alegre, montei a então sonhada “Abril”.
Mas mesmo assim, digo que sinto muito.
Em 2002, foi a vez de minha mãe voltar para Pelotas. E eu resolvi ficar.
Não tinha medo de nada, o sonho me cegou. Parti com a Abril aos lugares mais distantes, e hoje, posso que dizer que estou realizado.
Mas sinto muito.
Eu sinto por não estar com meu pai. Eu sinto por não estar com minha mãe. Eu sinto por não ter minhas irmãs por perto. Eu gostaria que meus pais pelo menos imaginassem a dor que toma conta cada vez que os lembro. Eu gostaria de deitar e não mais chorar pensando como seria bom viver ao lados deles. Eu gostaria de abraçá-los toda manhã e toda noite. Eu só queria dizer a eles, que não se preocupassem, pois estou em busca de tudo pelo o que lutei na vida. Eu gostaria de dizer todo dia para cada um: Eu te amo.
Eu sinto muito. Sinto por ter que deixa-los sozinhos enquanto me viro na capital dos pampas. Eu sinto muito por não tê-los comigo. Eu sinto muito, e tenho certeza de que um dia, todos estaremos juntos, rindo desse passado, e comemorando o futuro que nos espera. O futuro é amanhã.”

Rodrigo Tavares


5 comentários:

  1. ai ai esse meu Esteban s2

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  2. O que eu sinto pelo Esteban é muito mais do que um amor por fã, é algo além, divino, seria por Deus mesmo, agradeço todas as noites, por suas músicas me confortarem em momentos difíceis ♥

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  3. Caramba Rodrigo da Fonseca Tavaresa ... eu chorei lendo isso! Parabéns ídolo! Te amo! Nunca mesmo desita deste sonho lindo q ta virando realidade p/ q o amanhã VC possa olhar para trás e dizer: Nossa, eu deixei a minha história! Te Amo ídolo! Muito!

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  4. Eu amo de um jeito que nem há como explicar, agradeço a Deus todos os dias pela sua existência Tavares, sem ela eu não seria a mesma. Te amo e isso é verdadeiro.

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  5. Nunca li coisa mais linda. Mestre que é mestre nos proporciona momentos de emoções, como esse. Eu te amo Rodrigo, eu te amo!

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