quinta-feira, 24 de março de 2011

“E, eu queria convidar a todos vocês a relembrarem os bons dias de suas vidas”

   No inicio era apenas uma busca por aquela voz de outra forma, de outro jeito. Guitarra, não mais baixo. Mas aquelas letras começaram a me falar tanto, e aqueles sons, de algum jeito ou outro, me faziam ficar ali, cantando incansavelmente. Mas continuava ouvindo aquelas músicas sem muitas pretensões. Pois já estava ciente de que elas não passariam de singelas músicas do mp3.
   Não sei como, mas no dia dezenove de dezembro do ano passado, me encontrei lá no Beco, com um bando de gente esperando por um show da aBRIL. Inexplicável. Talvez por estar ali, tão perto, e por ver ele lá cantando aquelas músicas, daquele jeito, que eu só tinha escutado no mp3.
   E só quem estava lá, poderá dizer o que foi cantar Mundo, a capela. “Então eu vou, sozinho a caminhar...”, não ousarei em explicar.
   E ver ele feliz, lá cantando com seus velhos amigos, relembrando os velhos tempos... Se alguém tivesse visto a minha cara no ônibus, voltando do show, olhando aquelas fotos e segurando um choro, que agora não mais de nervosismo ou emoção, mas sim de felicidade.
   Foi algo único. Sempre será algo único.
   Eu só não sabia que me emocionaria tanto. Que choraria tanto. Que gritaria tanto. Que pulasse tanto. Que cantasse tanto. Que admirasse tanto.


 
“Muito boa noite, nós somos a aBRIL” – Rodrigo Tavares




domingo, 20 de março de 2011

Cinzas de outono

Onde tu estás menina? Para onde foi?
Apenas quero que perceba quando a chuva parar. E então, tente entender as canções que ele fez pra você, explicando que o que ele sentia talvez fosse algo pouco demais pra ti. Para que enfim, ele consiga viver. 
Talvez quando você o pediu para ficar, já fosse tarde o bastante. Talvez ele não pudesse mais estar ali, e tivesse que seguir sozinho.
Lendas inexistentes. Amanhã, ontem. Vencer ou Perder. Retratos de uma época. 
Eu sei, ele sabe. Tu ainda vai lembrar-se de tudo isso.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ah, tá!

Era uma vez um guri muito simpático e atencioso.
Certo dia, foi todo feliz falar com uma fã, que o pediu que mandasse um beijo para suas amigas.
Foi então que ele se lembrou que tinha acordado "meio Tavares".

Fim.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Escrito com a tinta do Coração

E aí, amigo. Leio tuas cartas sempre que posso, e não ache que ignoro seus bilhetes. Só não sei aonde estão. E tenha certeza: Sei o que dizia em todos. Tu só fala dessa guria e sempre quis saber o que ela tem de estranho. De diferente, como tu diz. Só que pra mim é estranho tu gostar tanto dela, sem ter tido muito contado. E entenda que só fiquei sabendo através de outros. Diga a verdade. Tu veio mesmo dessa guerra? Tuas palavras são cheias de sangue. De sentimento amargurado. E quando a gente joga a fruta toda no liquidificador o caroço azeda. Eu disse, vai com calma! Todo mundo precisa de você aqui, tu não percebeu? Eu nunca quis ter que falar isso, mas tu tem me enganado sobre quem é você. Afinal, quem é? E como tu mesmo me disse pra não desistir de nada, e tem me mostrado que não é mais um burguês que se diz apaixonado e na primeira bala levanta o escudo. Teu amor só é proclamado assim? Precisam enxergar tuas lágrimas nesse pulso pra ter certeza que você sofreu. Tu já está cansado, guri. De barba e roupa velha. Para pra pensar que tu precisa envelhecer em paz, e sozinho não vai conseguir. E eu sei bem que não quer mudar de ideia, mas por favor, olha pra ela e vê se ainda precisa de ti. Se já precisou. E confessa que no fundo tu tem certeza que foi uma Aventura e não um Romance. Quem fez disso um Drama foi o medo dela. Madura e não quer nunca cair.
Não larga esse cigarro e o copo. Não solta esse choro. Continua gritando que não pode mais ficar assim.
Eu também tenho você como exemplo. E olha… Por que me engana com essa segunda pele? Eu vejo tuas cicatrizes daqui. Coração de tinta. Escamas pra mostrar que você se adapta, só que eu sei o quanto tu resmunga quando perde os velhos hábitos.
Veste essa solidão e não muda o canal. E lembra: Tu não me vê, mas eu te curto.


- Texto retirado do blog segunda-feira.

terça-feira, 8 de março de 2011

Tão a sós, como nós


E não pense que me alegra saber que chegamos ao nosso fim.  Só eu sei o quanto é difícil lembrar que amanhã, ao acordar, meus olhos não vão te encontrar.  Vou te esquecer. E isso já se tornou uma necessidade. Talvez eu não quisesse ser apenas uma distração.

sábado, 5 de março de 2011

Talvez um dia eu te encontre por aí


E a todo momento fico olhando para os lados tentando surpreendentemente te achar. Para que talvez eu fique sem reação e não consiga dizer mais nada.
Já escrevi o diálogo. Já sei que vou dizer que sou muito tua fã e também sei que tu vais simplesmente dar aquele sorriso sem graça e quem sabe até pronunciar um “obrigado”. Na verdade, não sei.
                                                            Que seja breve.