domingo, 30 de dezembro de 2012

Pra onde você for voar,


O tão disputado lado esquerdo do palco tornou-se o centro de tudo. A segunda voz, hoje é única. Não é mais o plural dividido em vários singulares, mas sim o singular que se multiplica em plurais. Plurais que fazem tudo valer a pena, desde o acordar até o adormecer.

Os orgulhosos de hoje são os que se amedrontaram há meses, temendo o pior. Temíamos que a tua voz se calasse. Que a tua vontade acabasse. E que tudo se perdesse por aí.

Ao contrário de todos os outros, não desejo apenas que tu tenhas muito sucesso e alcance teus objetivos, mas sim espero que continues exatamente como és. Simples (nem tanto) assim.

Infelizmente não gosto de meios termos. Já decidi, vou contigo até o final.



“A imensidão de água negra cobriu de fora a fora o convés da embarcação. Jamais achei que ia ver no caminho distinto nossa salvação.”

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Piano + inho


A: Eu te disse que iria tentar só mais uma vez. E eu tentei.
B: Tu nunca soube o que queria.
A: Sozinho as coisas não são as mesmas. Eu não sou o mesmo. E também nem sei pra onde ir.
B: E tu vai continuar sempre o mesmo, e não vai mudar.
A: Fica fácil falar, é mais fácil não sentir. Se pra ti não vale o que passou.
B: E o teus amigos, que são meus amigos, me disseram que nem sabem mais quem sou.
A: Já passou…
B: Eu já cansei de te procurar, aonde eu sei que tu já encontrou, alguém pra me trocar.
A: Eu disse que sozinho eu não sei pra onde ir.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

¡Adiós Sophia!


Ah, Sophia... Tu lembras? Foi numa noite de domingo. Me contastes velhas novidades, algo sobre as cinzas de outono. Discutíamos sobre a visita que me fizera em tempos atrás e relembrávamos bons dias. Ao som de um pianinho - era o que eu sabia fazer - disse que ali, sentado, esperaria que me mandastes embora por mais uma vez. Dormistes lá, comigo. Por um momento tive o mundo nas mãos.
Fostes embora na segunda-feira pela manhã, quando percebi que o mundo já não era mais o meu. Não me restava nada a fazer.
Eu não quero lembrar do que eu fui pra você, Sophia.


E eu sei, você esqueceu.




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Bons dias de nossas vidas


É gratificante ver aquele sorriso toda vez que volta a Porto Alegre, com a sua própria banda, lotando uma casa de shows com fãs que não estão ali só por estarem, estão ali por admirarem e reconhecerem os músicos que estão no palco. E não é pouca coisa. Não sou eu que estou dizendo, foram as centenas de vozes que cantaram no Opinião e as milhares de mãos que aplaudiam a cada canção tocada... Além dos diversos olhos brilhando, tendo cada vez mais certeza de que acreditaram na pessoa certa.

Cá volto a repetir as mesmas palavras de sempre, não que elas consigam demonstrar toda minha felicidade em presenciar tudo isso, mas me sinto na obrigação de agradecer.


 “Não ouse desistir de tudo o que você sonhou”. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

¡adiós!


Esperamos. Anos, meses, dias. Esperamos com a certeza de que valeria a pena. Esperamos tanto que já nem sabíamos mais o que estávamos esperando. Acreditamos, sonhamos, queremos, esperamos.

Chegou. Aconteceu. Ou melhor, está tudo acontecendo. E não existem mais palavras para descrever o quão gratificante é assistir uma conquista desse tamanho. Tamanho que só cabe no coração. Não aquele que fazem com as mãos, mas aquele que bate no peito, que te faz sentir vivo.


Hoje, continuamos esperando. Esperando que nunca calem a nossa voz.  
Afinal, poucos disseram que daria certo, e veja só aonde chegamos. 



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

É porque eu não paro de pensar


B: Não me culpes por passar por aí e não te chamar, afinal não é eu quem tanto escreve tentando falar. Só te peço que pare de beber, vá que por azar acabe se afogando na saudade e morrendo por insuficiência de poder. E por favor, se acalme! Eu não penso em nada, eu não digo nada, eu já não me lembro de mais nada. Ao contrário de ti, não culpo o acaso, se estamos só é porque foi melhor assim, ou talvez seja algo mais forte que nós. Depois que tanto andei já não acho tão ruim ter que continuar...
Ah só te liguei para dizer que ontem eu esqueci os meus cigarros por aí.

[tu tu tu]


A: ...quem sabe outro dia eu te encontre em outro lugar.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Que me acalma, me traz força pra encarar tudo


Conforme o tempo passa, as mesmas coisas que vão adquirindo mais sentido acabam se tornando cada vez mais inexplicáveis. Eu falo de música, vontade, sonho e toda aquela história de querer, acreditar e conseguir. Os anseios não são mais os mesmos e os sonhos estão cada vez mais se tornando realidades.
Não importa o cabelo, as roupas e o cheiro. Não me importa o que digam, a cada dia acreditamos mais em nós mesmos.
Enquanto milhares gritam enlouquecidamente, eu só aplaudo. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

(re)partido


Eu sinto muito, por não ter te encontrado por aí. E eu que já não sabia de nada, nem que a hora estava errada, e fazia horas que eu já tinha errado...  Eu deixei você escolher e eu me perdi. Só que às vezes eu tento me encontrar, em outras eu preciso desistir. Eu fumo, eu bebo e também vivo, e não deixo de sonhar. E esses pedaços são do meu coração partido, ao ler a tua carta, já sem amor. E eu choro, eu ligo e eu acabo voltando, ousando te amar. E essas milhas que eu tive que percorrer, foi só pra te encontrar, e se não encontrar um dia eu te encontro, por aí. E eu sinto muito.











quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu sei muito mais do que eles sobre você


Um quarto de hotel; Um maço de cigarros; E aqueles dias lá no Ceará, que lhe renderam uma canção que nem o próprio se conteve ao finalizá-la. Era algo além do imaginado, a coisa mais bonita que já teria feito. Não havia pretensões, até perceber que já não poderia viver sem, não falo da Sophia, mas sim do Esteban, que além de um pseudônimo, tornou-se um objetivo de vida. 
A Sophia virou guria, e o Esteban não é mais um exército de um homem só.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Diga,


Tudo era tão novo, e agora eu vejo como nós éramos bobos.  Não lembro quando tudo mudou, mas não seria tão ruim se tentássemos de novo...

Esses dias escorreu no meu rosto uma lembrança tua, foi quando eu me lembrei daquele bilhete. Eu realmente queria que tu me entendesse.

Mas por favor, não minta que tudo aquilo não passou de uma ilusão. Não me diga que não, eu quero fazer parte dos teus planos, nem que sejam os de tentar.
Deixamos o passado pra trás, vem fugir comigo! Vai ser melhor assim...





Vamos juntar o pó do que restou, vamos emendar os laços e refazer o nó. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ah, se o mundo soubesse...


Eu queria acreditar nas casualidades dos encontros, nas passagens sem maiores pretensões.  Naquelas conversas que tínhamos, nas músicas que cantava para mim. Será que deixamos de ser o que éramos? Na verdade, já nem sei mais o que fomos. Eu queria acreditar que podemos ser mais forte juntos, como todos os outros. Eu queria tanto as tuas mãos aqui junto com as minhas, tuas ideias, teus defeitos. Quem dera se fizesse sentido tudo aquilo que algum dia foi proibido, afinal não há leis entre dois loucos (de amor).

“Quero ser tudo que tem graça, que tem gosto e da pra sentir.
Quero o que mais me dá vontade, e quero vontade pra prosseguir.
Quero voar, mergulhar, morrer e matar a vontade de querer.”

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Dia especial


A máscara do Jason; o falso autismo; os remédios; a loucura; o baixo azul; a segunda voz; a língua de fora; o |m| na testa; a bandeira do Colorado; as camisetas rasgadas; o grito da milonga.


Esse foi o último ano do Tavares como baixista na Fresno.


Mas o baile continua! Ele segue sonhando, querendo e conquistando.
Hoje, não mais com aquele exército de um homem só, mais sim com uma legião de mestres que só fazem engrandecer ainda mais o seu talento.
Talvez eu não o veja mais com um baixo nas mãos, mas com alguma guitarra em um show da aBRIL, ou com um piano, fazendo aquele som apaixonante do Esteban.

Meu único desejo é vê-lo feliz. Compondo, cantando, tocando, vivendo.

Feliz aniversário Tavares!


Aonde você for eu seguirei você.


sexta-feira, 30 de março de 2012

Vão te dizer que você não é mais o mesmo


Hoje as coisas mudaram de rumo, assim como naquele final de 2006, quando o Tavares chegou na Fresno, cheio de remédio, cheio de problemas. Ele era o “louco”. Talvez o mesmo louco que o fez tomar essa decisão. Percebam que hoje ele já pode levantar a bandeira da maconha, afinal ele não é mais da Fresno. (Não que isso seja realmente relevante)
Ele falava de sonhos. De viajar, tocar, explodir. Explodiram! 
E as cinzas estão longe de chegar.
Mas eles não falaram de (in)capacidade, ou (falta) de vontade. Falaram de uma etapa, que hoje se encerra. E o que nós podemos fazer? A mesma coisa que fizemos com a saída do Lezo: nada. E vejam só no que deu.
Sim, eu estou tentando ser racional. E não, eu não estou conseguindo.

(Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer e vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar. Eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar. Vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar)

Só desejo que o Tavares continue querendo e conseguindo.


Eu falo de possibilidades, a única certeza é que eu não sei lidar com tudo isso.                 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Há sete anos esperamos estar errados

Ele era incapaz de perceber as coisas mais simples, mas se “ligava” em detalhes esquisitos. Sim, ele era estranho.
Enquanto escrevia, a mão dele não parava de transpirar. Afirmava que era devido a uma indignação de alguns minutos atrás. 
Ele não estava indignado, ele é.
Ele não gosta de certas intimidades e de ninguém “cheretando” as coisas dele. 
E eu?
Ninguém nunca soube do que ele falava, ou pelo menos era isso que ele quisesse. Não iria dizer, era incapaz. A vergonha lhe comeria.
Não espero que alguém entenda o que ele queria dizer, ou o que eu quero dizer. E por favor, não nos questione.
Foi só (mais) um desabafo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Nós (não) sabemos o que as canções poderiam dizer

A falta de visão que o levou a tudo isso, foi (é) tão difícil de se acostumar, por mais que ele olhe para frente e não volte atrás, ele sabe que ali não é o seu lugar. Novos rostos, novas casas e uma frieza que aperta o peito. É o mundo dizendo o que ele não quer mais ouvir. Um tal de desenho no corpo que nunca mais se apagaria, na verdade era o coração que não queria deixar ela partir.
Tentou ser o que não era mais, ou talvez o que nunca tivesse sido. Ele andava tão sozinho que acabou perdido naqueles versos e naquelas cartas que o tempo apagou. E nunca mais voltou. Ele tentou lembrar de tudo que um dia foi bom, mas o que sentir ao saber que ela já não lembra de mais nada?
A rotina tomou conta, os dias viraram iguais. Ela o fez acreditar que algum dia as coisas mudariam e as cicatrizes se curariam. No entanto ela virou muda, cegou. Mas e agora?

Ele só queria esquecer daquele sol no rosto, daquela luz que invadia a casa, daquele calor que tomava o seu corpo.  Eram lembranças no meio da sala, daqueles outros dias, de tempos atrás.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que você nunca viu

Eu gritava, até o mundo ouvir. Eu ouvia você, sussurrando para eu não desistir. Tu me dizias para eu seguir a minha vontade, dizia que não havia mais nada que poderia me impedir. Eu fui embora. Eu planejei. Eu continuei. Eu sigo em frente, esperando a hora de voltar.