quarta-feira, 28 de setembro de 2011

(No plágio de uma bela melodia)


Só não entendo o porquê de ter tanto medo, de não querer ficar. Eu tentei tanto mudar, pra vencer meus medos. E eu consegui. Vem, vamos dançar, até o sol chegar. Não me deixe aqui sozinha, sabes que eu não suportaria. Nada é tão simples quanto parece, tu sabe disso, e sabes também que não aguentaríamos sozinhos. Não tente me convencer que existe vida sem você.
É uma lástima saber que tudo chegou ao fim. É uma lástima saber que amanhã eu vou acordar e não vai ter ninguém ali.
Eu tentei, eu avisei. E agora quando tu menos esperar vai doer, e eu sei como vai doer. E vais passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto. Como eu vejo como eu vivo como eu não canso de tentar. E por mais que tu não queiras me ouvir, eu sei que tu vai lembrar, e vai rezar pra esquecer, mas não pense que eu vou deixar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vou te esquecer, só pra lembrar

A: Por que tu foste embora?
B: Eu sempre tive medo.
A: Claro! Tu não acorda cedo, nunca trabalhou, se quer namora.
B: É, mas eu tenho medo de também querer
A: Já venceu o teu medo?
B: Para, vem, vamos dançar.
A: Essa luz me cega, tá me dando medo.
B: Tu tá sempre com essas histórias, elas sim dão medo.
A: Ok, vou me embreagar. Tchau.
B: Espera, vai doer, mas vai passar.
A: Já me senti assim e  passou.
B: Eu ainda sinto, e vivo.
A: Tu vai me ouvir, e vai lembrar.
B: Porra, eu já pedi, esquece.
A: Não, eu não vou deixar.
 



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Buenas noches Porto Alegre hermosa

Nunca tinha visto ele tão feliz antes. Nem eu nunca estive. Era meio que a concretização de tudo aquilo que eu sempre acreditei. Daquelas canções, dos gestos com as mãos. E naquele além do sofá, foi a certeza de que nem pra tudo existe explicação, foi insano.
E se após mais de um mês eu ainda consigo me emocionar relembrando tudo aquilo, é porque com certeza não foi pouca coisa. Eu vi, eu ouvi, eu acredito. Ele quer voltar. E isso não precisa ser dito, eu vi no olho dele, no sorriso a cada música.
E não eram apenas seus fãs que o aguardavam, seus amigos estavam lá para as tais cornetas como ele mesmo diz. Afinal, todos queriam ver a evolução daquele guri que um dia foi pra São Paulo e blá blá.



E hoje ele volta com um violão, um piano e um acordeon. Amanhã talvez, ele volte com uma mala. E com aquele sorriso da certeza de que aqui é o lugar dele.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Foto publicada às 01:46


Ele disse que há dez anos viva a melhor época de sua vida.  E que há dois estava provavelmente tocando em algum lugar em Porto Alegre. Disse também que ano passado teve uma crise de tiete, quando viu seu ídolo falando sobre o seu vídeo do Symphony of (blasé). Ele disse que não viveria sem computador, música e amor. E nem sem Pepsi. Ele disse que com cem mil compraria um móvel, uma cadeira, três calças, três tênis e uma passagem para São Paulo. Admitiu ser arrogante, teimoso e vaidoso. Disse que curtia Anberlin, Emery, Toto e Keane. Ele queria estar em Porto Alegre, numa cama.

Na verdade, ele disse que amanhã viria pra Porto Alegre, e tchau.

Mas já se passaram quatro anos, e (nem) tudo mudou.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

0800fuckyou


A: Por que tu teimas em me ligar?
B: Eu precisava ouvir a tua voz.
A: Eu já te disse que odeio telefone?
B: E eu já te disse que te amo?
A:
B: Não seria mais fácil fazer de conta e
A: Sorrir?
B: Talvez...
A: Pra quê? Pra depois ver tudo desmoronar?
B: Bom mesmo seria não precisar mais de você aqui.
A: Por favor, não me liguei mais!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Entre milongas e tragédias


                Não é uma carta, nem uma escritura, são apenas versos jogados no chão de um quarto escuro... pertencentes a um cara com o coração desritmado, como seus próprios versos. Foi assim durante tanto tempo e, no final de tudo, acabou!
                "Te peguei pelos dedos para dançar enquanto o sol demora"; mas escapou, tudo se foi!
                Estou gritando: "Quando você não esperar vai doer, e eu sei como vai doer... e vai passar como passou por mim, e fazer com que se sinta assim... como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar, vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar, eu não vou deixar[...]".
                Os meus gritos custam caro e, eles não merecem ser ouvidos por ti...
                Em cada acorde que toco, me sinto um verdadeiro infâme.
                Meu sentimento é do tamanho de um ponto final... "vou te esquecer, vou te esquecer[...]", era apenas uma guria; obrigado, Sophia!