sexta-feira, 30 de março de 2012

Vão te dizer que você não é mais o mesmo


Hoje as coisas mudaram de rumo, assim como naquele final de 2006, quando o Tavares chegou na Fresno, cheio de remédio, cheio de problemas. Ele era o “louco”. Talvez o mesmo louco que o fez tomar essa decisão. Percebam que hoje ele já pode levantar a bandeira da maconha, afinal ele não é mais da Fresno. (Não que isso seja realmente relevante)
Ele falava de sonhos. De viajar, tocar, explodir. Explodiram! 
E as cinzas estão longe de chegar.
Mas eles não falaram de (in)capacidade, ou (falta) de vontade. Falaram de uma etapa, que hoje se encerra. E o que nós podemos fazer? A mesma coisa que fizemos com a saída do Lezo: nada. E vejam só no que deu.
Sim, eu estou tentando ser racional. E não, eu não estou conseguindo.

(Quando você não esperar vai doer e eu sei como vai doer e vai passar como passou por mim e fazer com que se sinta assim, como eu sinto, como eu vejo, como eu vivo, como eu não canso de tentar. Eu sei que vai ouvir, eu sei que vai lembrar. Vai rezar pra esquecer, vai pedir pra esquecer, mas eu não vou deixar)

Só desejo que o Tavares continue querendo e conseguindo.


Eu falo de possibilidades, a única certeza é que eu não sei lidar com tudo isso.                 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Há sete anos esperamos estar errados

Ele era incapaz de perceber as coisas mais simples, mas se “ligava” em detalhes esquisitos. Sim, ele era estranho.
Enquanto escrevia, a mão dele não parava de transpirar. Afirmava que era devido a uma indignação de alguns minutos atrás. 
Ele não estava indignado, ele é.
Ele não gosta de certas intimidades e de ninguém “cheretando” as coisas dele. 
E eu?
Ninguém nunca soube do que ele falava, ou pelo menos era isso que ele quisesse. Não iria dizer, era incapaz. A vergonha lhe comeria.
Não espero que alguém entenda o que ele queria dizer, ou o que eu quero dizer. E por favor, não nos questione.
Foi só (mais) um desabafo.