segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Equinócio de primavera.

Há um ano, eu estava no Opinião, na porta de um camarim.

O coração estava na mão; as palavras decoradas na boca; e os olhos intactos.
Foram minutos eternizados de um momento que por muitas vezes acreditei que nunca aconteceria. E que apesar da ansiedade e do texto já planejado, consegui me surpreender com tudo aquilo. Foram abraços, sorrisos e cuidados que desmintiram todo aquele meu conceito de "Autista, drogado e sem coração" - ao menos em parte - que por muito tempo eu acreditei. E o "não ouse desistir de tudo que você sonhou", já tornou-se uma meta de vida. A minha vida.

Parece que foi ontem. Parece que já se passaram anos.



E as coisas são assim, sem firulas ou palavras bonitas. É simples.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca


Há quatorze anos um sonho foi quebrado. E por mais dramático que as minhas palavras sejam, nada poderá ser comparado ao ver um ídolo-amigo ir embora. Ir para nunca mais voltar.
É como um tiro no coração, que vem sem avisar. É o não saber o que pensar. É o não querer acreditar.

Mas talvez, foi esse infeliz episódio que te fez não desistir. E sim, acreditar que tu seria capaz, e que aquele que tanto acreditou nesse projeto, se orgulharia da onde estivesse.

A apresentação formal acabou não acontecendo. Mas, com certeza, cada momento vivido ficará eternizado na tua vida. Afinal, não é todo dia que um ídolo chega pra ti cheio de camisetas, autógrafos e abraços.

E mesmo depois e quatorze anos, ele ainda está aqui. Ou melhor, está aí, contigo, em cada música que tu canta e que emociona todos nós.

 
Mas te vejo e sinto o brilho desse olhar,
que me acalma, me traz força pra encarar tudo!”

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Trinta e um


“Não ouse desistir de tudo o que você sonhou”, talvez tenha sido a frase que eu mais repeti no último ano. Seguir com ideias irrelevantes para muitos não foi nada fácil. Mas quem disse que seria?

Hoje o dia é dele, mas o presente é nosso. Hoje, comemoramos mais um ano de boas músicas – mesmo que repetidas, de progresso e de uma gratidão que por muitas vezes se camuflou no orgulho daquele que tudo quis e conquistou.

Espero que daqui há 31 anos eu esteja aqui de novo. Escrevendo, questionando, idolatrando. Porque quando eu penso que tudo vai cair numa monótona rotina, vem aquela voz e me diz para nunca desistir.

 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

em tempos atrás


Há oito anos temia ao sair pela primeira vez do estado, em busca do seu sonho. Hoje volta, talvez sem grandes pretensões. Se antes os pais diziam que era capaz, agora não há quem duvide de que não existem limites.

Não há limites nem ao menos para comparar o dedo apontado do Duca em 1999, com o teu olhar esticado semana passada. Que algum dia eu possa ser levada até teu camarim. Que algum dia tu possa me levar contigo. Mas não te preocupas que eu sei que tu não andas de helicóptero nem Ferrari. E que nem existem seguranças com metralhadoras contigo.


Que continuemos acreditando na filosofia do Tchê Loco!


Quem diria que um moço de Camaquã (hoje com mais de 60 mil habitantes) estaria rumando de volta ao estado, trazendo consigo uma mala de realizações? Quem diria que ele voltaria para Porto Alegre para tocar? Quem diria que ele seria capaz?